segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bateu saudade

Bateu saudade
do meus tempos de criança
tempo em que a sociedade
ainda tinha esperança
esperança de um mundo justo
o amor era presente
que não tinha susto,.
ao ver um deficiente
e não importava qual
se era cego, surdo, mudo
cadeirante ou mental
tinha de tudo
e as crianças tem mais carinho
que se resume em apelido
o meu era Dedinho
mas não ficava ofendido
porque não havia maldade
era apenas referência
um cortejo de amizade
a minha deficiência
e eu nunca quis saber
o motivo da minha deficiência
se Deus quis me escolher
ou foi obra da ciência
o meu nome é Eduardo
e da minha infância sinto saudade
não quero voltar ao passado
só quero dignidade
e lembrar que antes de ser aleijado
faço parte da humanidade 

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